Considerado por muitos como o dia mais duro da TransPortugal, o dia 1 já está superado, sem alguns precalços de caminho mas já não se repete.
Um dia com muitas subidas, regos e poças de lama, um dia sem descanço.
Logo no inicio da etapa um dos atletas do ultimo grupo teve um problema com a sua roda de carbono, mais precisamente, estava partida. Como ninguém tem acesso às caixas das bicicletas, não tinha rodas suplentes... Ou ele perdia já uma etapa ou alguém lhe cedia uma roda, esse alguém fui eu. Outro dos atletas, um dos principais pretendentes à vitória, também teve problemas com a suya roda da frente, neste caso, a válvula não vedava e o seu tubeless predia pressão, isto a 5 minutos da partida, neste caso a roda era para uma Lefty e ninguém da organização o conseguia ajudar, teve sorte e outro atleta mais precavido cedeu-lhe a sua roda suplente. 1ª etapa e já com problemas mecânicos, esta gente não se prepara decentemente...
Quanto ao meu fado, acabei por ter de levar emprestada a bicla do fotógrafo de prova, tivemos de ir ter com ele, ajustar minimamente a montada e ser levado até à cauda da corrida num jipe da organização. Para minha sorte 11km no percurso tivemos um furo e acabei por ter de ir a pedalar até encontrar alguém... Ainda fiz uns tantos kms sem ver ninguém, tive de mudar as pilhas ao GPS que levava (o do fotógrafo de prova), mas pouco depois do CP1A lá dei com o último, que acabou por ser o meu companheiro a maior parte do dia.
O dia esteve solarengo com um pouco de vento e a partir de agora já consegui apreciá-lo um pouco mais. Esta primeira etapa passa por zona muito bonitos e este ano com o chuvoso inverno e o recente calor as flores e o verde estão em força.
Na cauda do pelotão iam 3 atletas com ritmos semelhantes que iam trocando de posição entre si. Quando eu chegava perto deles aceleravam um pouco mais e lá consegui ir rodando eu de companheiro. Todos eles tiveram problemas com furos e um deles até com o seu travão traseiro, tendo perdido uma das pastilhas ao km 50, a partir daí as descidas seriam feitas com mais cuidado.
Fomos passando CP’s com cada vez menos margem de manobra e no CP1C o ultimo teve 20 minutos de sobra, fazendo pensar que já não chegaria ao CP1D a tempo, mas ao lá chegar tinhamos ainda 3 minutos e lá seguimos um pouco mais, mas a última secção, novamente rica em sobe e desce provou a razão de esta ser considerada a mais dura etapa, os 3 passaram a andar muito próximos e todos acabram por não ter tempo para passar no ultimo CP a tempo. Ainda conseguimos encontrar o atleta japonês com o seu 3º furo do dia (tinha logo arrancado com um furo lento), já sem câmaras de ar e tendo perdido a sua bomba (que para sua sorte um dos atletas que vinha perto de mim achou). Ficamos os 4 a com ele enquanto ele trocou a câmara e ao chegar á próxima localidade, a 4km do CP1E fomos recolhidos pela carrinha.
Espero que eles tenham recuperado melhor do que eu, esta noite deitei-me tarde e este post está a ser escrito às 6h. Vamos a ver se hoje não sou eu que levo com a marreta...
Judged by many as the hardest day at the TransPortugal, day 1 is done. Not a trouble free day, but this stage is now unrepeatable.
A day with loads of climbs, ruts and mud puddles, as I say it, a relentless day.
Right at the start of the day, one of the competitors that was starting at 9h noticed that his front carbon rim was broken. Has no one has access to the bike boxes he had no spare wheels... Either another competitor ave him one of his wheels or would just have to miss this one... Eventually we made the decision to lend him mine. Another one, one of the main contenders to the win also had a problem, his front wheel valve was leaking, but has he has a Lefty fork no at the organization could help him, luckily a fellow Portuguese racer had came prepared and lent him his spare wheel (he has outside support at the end of the stages) All this 5 minutes from the start... So the first stage had not even started and already 2 mecanichals. These people need to get their bikes properly prepared...
Has for me, I ended up taking the race photographer’s bike. So when everyone had left we went to him, minimally adjusted his bike to me and was to be driven to the end of the pack with a organization 4x4. Unfortunately for me, 13km into the track we had a flat, so bike out and time-trial mode to the last guy. Still had to pedal a bit, change batteries on the loaned GPS and a little after CP1A I found him. He would eventually keep me company most of the day.
It was sunny and breezy day and could now star to enjoy it. This first stage is set in Trás-os-Montes and has beautiful scenery. This year the winter was rainy but temperatures are now good so the flower and green landscape are in full blossom.
At the end of the race there were 3 athletes with very similar paces but that changed position amongst themselves some times, this way I managed to get different people to talk to during the day. All of them had flats during the stage and one of them had even lost a brake pad on his rear brake, he was taking the downhills carefully.
We went through the stage and at CP1C had only 20 minutes to spare, I thought we would not make to CP1D, but we managed to get there with 3 minutes to spare. Unfortunately the relentelessness of the stage took it’s toll on the 20km to the last CP and we did not have enough time to get to last CP clear it. We still managed to get to the Japanese competitor who had been walkinfor 4km with a rear flat, he had no more tubes and had lost his pump. Luckily for him one of the guys gave him a spara and another one had found and picked up his pump. After he finished his repairs the 5 of us started again and at 4km to CP1E we were picked up by the pick-up. Everyone else had already finished.
I hope that had a better night than me, cause I had a late night and this post was written at 6H... Let’s if it will not be me bonking today...
Pois é amigo Jorge, Trás-os-montes é inclemente ;-)
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