terça-feira, 11 de maio de 2010

Dia 6 - a etapa mais longa

A sexta etapa era também outra das mais esperadas. Ligação de Castelo de Vide a Évora, com 170km... Muitos deles nunca tinham feito tantos kms em BTT...

É uma etapa longa também para a organização com os atletas com maiores handicaps a sairem antes das 7h e a chegada dos últimos prevista para depois das 20h. Alguns atletas optaram mesmo por não partir, devido ao desgaste sofrido nos últimos dias.

Os pontos altos seriam os primeiros quilometros depois de sair de Castelo de Vide com um longo troço de calçada, bastante dele a descer sendo esperado muito chocalhar de ossos e muitos bidons caidos (7 em 2009) e a passagem por Évoramonte, já perto do final da etapa.

O dia de novo resplandescente, como felizmente tem sido o caso das anteriores etapas (mesmo com o frio da Serra da Estrela) e cedo tive a companhia do P, que hoje se atrasou um pouco à partida. De novo no seu ritmo certinho, mas hoje um pouco mais lento que o costume, sera que os dias lhje começavam a pesar???

Após vários quilómetros encontramos o T, que estava parado junto ao trilho, o seu joelho estava a dar sinal de novo e acabando por desistir da etapa, rolamos um pouco para trás e contactamos a recolha para o ir buscar, nos entretantos fomos falando um pouco sobre os nossos paises.

Após a sua recolha sigo na minha função de fechar a traseira do evento e andei cerca de 1h sozinho. Mais uma vez a primavera mostrou-se em força e soube-me muito bem aquele tempo. Encontrei o P perto do CP6B já algo desmoralizado, acabou por ficar por ali e ser recolhido pela organização.

O atleta seguinte estava a 45minutos... Arranquei à mesma, mas com a forte impressão de que já não o apanharia senão no final da etapa, se tanto. Felizmente nessa altura telefona-me o Controlador Móvel de Prova para combinar o local onde ele me recolheria para me levar de jipe para junto do último concorrente em prova, acabaria por ser depois do CP6C, 20km mais à frente.

Sempre por terreno plano vamo-nos aproximando de Évoramonte, mas os trilhos encontravam-se em más condições devido ao rigoroso inverno, muitos regos, alguma lama e muitas pedras expostas. A subida até Évoramonte é feita por um trilho pouco usado, com um inicio com bastante pedra solta e inclinado e o final já ciclável, impossivel de fazer tudo montado, dei bom uso aos sapatos.

Lá em cima estava o CP6D e os meus pais, tive direito a assistência em prova, coisa que os concorrentes não se podem dar ao luxo, e que bem me soube o lanchinho... Apreciar um pouco a vista pois lá do alto muito se vê e partir de novo rumo a Évora na companhia do A.

O cansaço acumulado e a dureza do percurso fizeram das suas e no CP6E já estamos bastante atrasados, não tendo tempo de chegar de dia à meta. Ele opta por desistir e como os restantes concorrentes haviam chegado à meta enquanto esperavamos pelo transporte dele, vamos os 2 de treme-cu até ao hotel. Ainda bem pois foi um longo dia... Arranquei às 8h30 e cheguei ao hotel às 20h40, desejeso de um belo banho e esperançoso de chegar ao jantar antes que tudo estivesse acabado. Este acabou por ser o dia mais longo até agora (pelo menos isso senti nessa altura).


The sixt stage was another of the most awaited ones. Joining Castelo de Vide to Évora was the plan for the day, with 170km of trails to go through. Most people had never rode that far on a MTB...

It’s also a long stage for the organization, with the first riders going out before 7am and the last ones scheduled arrival time after 8pm. A few athletes opted to skip it due to the tiredness caused by the previous 5 days.

The highlights were the start of the stage with a long stretch of roman cobbles, most of it downhill, a lot of bone wrattling and lost water bottles were expected (7 in 2009) and the passage at Évoramonte on the final stretch of the the day.

The day was gorgeous again, as it has been on the previous ones (even in the cold Serra da Estrela one). I had the company of P very early, on a slow but steady pace. Might the wear of the race be getting to him??

Also met T, he was standing next to the trail, with severe pain on his knee. He had to quit the stage and we headed back for a bit to get him a ride to the finish. While we waited we chatted about our countries, lifestyles and what to see.

After he was picked up I managed to ride alone for about 1 hour. Spring is in full blossom and it really felt great to fully enjoy it on that stretch. Met P again near CP6B where he would also quit and take a lift. The next competitor had passed the CP 45 minutes before so I got also got a ride to meet him (20km up ahead), otherwise I would be riding alone all day.

Always on quite flat terrain we got closer and closer to Évoramonte, but with the heavily ruted, muddy and rocky trails the going was tough. The climb to Évoramonte was the chery on top of the cake, with quite old and overgrown trail which made walking the option to take.

At the top there was CP7D and my parents. I was entitled to a couple of photos and some assistance, something that the competitors cannot afford on penalty of disqualification. There is a great view from the top but we didn’t stay long, there were still 50km to go and time was running short.

With the exhaustion and a slow route, at CP6E the day was already close to finishing. A opted to quit and once again we had to call AA. While we were waiting the remaining competitors still on the stage managed to finish the stage, so also I had a car ride to the finish. And thank god for that, this was another very long day... I started riding at 8h30 and only got to the hotel at 20h40... All I was dreaming of was a relaxing shower, but also hopping that I would not get to late for dinner. This felt the longest day of all the race...

Sem comentários:

Enviar um comentário