sexta-feira, 19 de abril de 2013

Tour of Wight - part 2

Dia 2 - Totland a Ventnor

Arrancamos em mais uma fria manhã, mas depressa aquecemos. A rota para as Baterias das Needles depressa começou a subir e bem... Mas valeu a pena. A famosa imagem do farol das Needles na extremidade da ilha, as vistas através do Solent, a história e a apresentação do monumento ao bom nivel que o National Trust já nos habituou.




 
 
Mudavamos agora da costa norte da ilha para a costa sul, vimos falésias e surfistas a gozar as frias águas do Canal da Mancha, mas acabamos por perder o programa do Jardim de Mottistone. Está fechado às sextas e sábados, nada a fazer. Acabamos por parar para aquecer num pub em Hulverstone e aproveitamos para a o almoço.

Tivemos a maior subida perto de Blackgang, com uma bela vista das falésias do seu topo. A descida seguinte levou-nos quase até Ventnor e que bem que soube. Ao 2º dia conseguimos chegar ao local de pernoita ainda de dia!!!



Ficamos nas Ventnor Towers, num quarto com janela na torre... a Diana adorou!

Desta vez saimos para jantar, enfrentando o frio subimos e descemos ruas. Ventnor é numa encosta bem inclinada, todas a casas têm vista de mar. Mas para jantar a escolha foi pouca. Fui comer uma lasanha num restaurante de "seafood"...


Dia 3 - Ventnor a Sandown


A distância entre as 2 localidades é só 11km, mas fomos fazer os tipicos percursos tortuosos dos turistas. O sol marcou presença e mesmo com o frio sabia bem estar ao ar livre. Mais uma vez achei um bridleway para atalhar, mas desta vez já foi muita areia para as nossas camionetas (mas não demais ok! BTT nunca é demais se for feito com sol). Ligamos a Godshill para ver as famosas casas de telhado de colmo e tirar umas fotos e depois seguimos para o Shanklin Chine pela estrada. Sim, teve muito mais trânsito, mas foi muito mais pedalável.





O chine é uma formação geológica decorrente da erosão e neste caso a garganta já está bastante humanizada e foi mesmo usado durante a 2ª Grande Guerra para o programa PLUTO.

Daqui para Sandown fomos aproveitando o paredão mas, com a maré bem alta, uma das ondas ainda me molhou os pés!!! Passamos por Sandown para ver a vila romana de Brading e fomos os últimos a sair. Com o vento a gelar os ossos depressa retomamos a Sandown, já era tempo de aquecer os dedos.


Dia 4 - Sandwon a Ryde

Dia mais curto, tanto em distância como em tempo. Dia de apanhar ferry e comboio para Londres, mas antes do ferry e almoço em Porstmouth tivemos tempo de visitar o moinho de Bembridge e ver a baia de St. Helen.
O moinho está bem restaurado e a visita guiada por um entusiástico voluntário foi bem elucidativa de como toda a mecânica funciona e como era a vida de moleiro.

Quanto ao ferry, desta vez o Solent estava mais agitado e a viagem foi mais instável, mas não por isso mais lenta. Em 18 minutos puseram-nos de novo em terra seca...

Conclusões

A Ilha de Wight tem muito para ver, mas não é tão plana como me fizeram crer. Esteve bastante ventosa nestes 4 dias e as temperaturas não eram convidativas a pedalar. Aprendemos que algumas coisas são muito úteis, como a roupa corta-vento e luvas de ski. Faltou-nos um gorro (ocupa pouco espaço nos alforges e dar-nos-ia mais conforto à noite) e roupa mais quente para a noite (o espaço em 2 alforges é bastante, mas não chega para casacos de inverno). E em Wight ninguém usa cadeados...



Day 2 - Totland to Ventnor

It was cold outside but we quickly got toasty. The road to the Needles battery quickly started climbing and steeply, but was well worth it. The famous image of the Needles lighthouse from the western end of the isle, the views across the Solent and the visit to the Old Needles Battery National Trust property were a well spent morning.




We now moved from the north side of the island to the south coast, plenty of cliffs and surfers enjoying the cold water of the English Channel, but we missed out on the Mottistone Gardens. It closes on fridays and saturdays... So we ended up warming up at a pub in Hulverstone and having also our lunch break. It was quite cozy with a log fire going, so it was hard to leave. Winding through country lanes we ended up on the coast again and on the biggest climb of the weekend, near Blackgang. The view from the top was great and the following downhill took us nearly all the way to Ventnor. This day we managed to arrive at the accommodation in the daytime!!!




We stayed at the Ventnor Towers. The room had a quirky tower window, Diana loved it!

This time we braved the cold for dinner, up and down the Ventnor streets. The town is on an incline so wherever you live you will always have a sea view. But the options for dinner were quite limited. Ended up eating a lasagna in a seafood restaurant...

Day 3 - Ventnor to Sandown

If you take the closest route between the 2 towns, it would only take 11km to link them. But as typical tourists we went the long way. The sun had made an appearance and even with the wintery cold it felt great to be out and about. I found another shortcut to our first stop, Godshill. But this time I was biting more than we could chew (not that I am complaining about doing some off road riding, you can never get too much of that when it's sunny outside).

We did a quick stop at Godshill and admired the thatched roofed houses and then chose to go on the road to visit the Shanklin Chine. Yes, it was busier, but got us there with more pedaling and less pushing.






A Chine is a geological formation caused by erosion but this one is quite humanized, being used during World War II for the PLUTO program.

From here to Sandown we just followed the coast line through the Esplanade. The tide was high so we still got our feet wet form the waves. Left the current coast line to head to the roman villa of Brading and were the last ones out... The wind was now quite cold and we rushed to Sandown to warm our toes with a warm shower.



Day 4 - Sandwon to Ryde

This was to be the shortest day, both in time and distance. We had to get a ferry before lunch, but still managed some time to visit the Bembridge Mill and St Helen's bay.

The windmill is very well restored and our guide for the visit was a very enthusiastic volunteer. We came out with a good idea of a miller's life and the workings of all those wheels.


The ferry ride was a bit bumpier, but not the least slower. We were in Portsmouth in 18 minutes...


Conclusion

The Isle of wight has a lot to see, but isn't as flat as I thought. It was quite windy during these 4 days and the temperatures were not the best for cycletouring... We've learned that wind blocking clothing a ski gloves are quite useful. We missed a woolie hat (would take little space in the panniers and give us more comfort in the evenings) and some warmer coats (the space in 2 panniers is plenty, but not unlimited). And in Wight no one uses bike locks...

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Tour of Wight - part 1



O prolongado fim de semana da Páscoa foi pelas nossas bandas com 4 dias entre 6ª e 2ª. E com tanto dia livre, nada melhor que ir passear. E que tal somar passear com pedalar... Ainda melhor (digo eu). E melhor ainda, com a D!!!

4 dias para dar a volta à ilha de Wight devia chegar para uma ideia geral, o rumor dizia que a ilha era plana, pelo que estava garantido um fim de semana de arromba.

Marcações de alojamento com antecedência para termos as noites garantidas e menos essa preocupação. Também nos obrigaria a cumprir o roteiro, custe o que custar...

E o roteiro foi:
dia 0 - Londres a Ryde, comboio + ferry + bicla até alojamento (Fern Cottage B&B);
dia 1 - Ryde a Totland (Sentry Mead Hotel), passagem pelo Isle of Wight Steam Railway;
dia 2 - Totland a Ventnor (Ventnor Towers Hotel), visitas ao Needles Park e Mottistone Gardens;
dia 3 - Ventnor a Sandown (Inglewood B&B), parando em Godshill e passando por Shanklin;
dia 4 - Sandown a Londres, bicla de Sandown a Ryde visitando a baia de St Helen + ferry + comboio.

Mas como todos os planeamentos, a realidade sujeita-os a alterações.

O primeiro imprevisto: previsão de prolongamento do Inverno. Temperaturas a rondar os 0º de dia, com ventos a fazer com que a sensasão real fosse mais baixa. Hora de juntar camadas às malas.

Depois foi o pequeno detalhe de que iamos levar as biclas no comboio e tinhamos que sair antes das 16h45 ou depois das 19h30, fora da hora de ponta. O nosso plano inicial era apanhar o comboiodas 18h... Eu estava de folga, a D a trabalhar, digamos que foi apertado... Mas lá fomos no nosso comboio e chegámos cedo ao ferry, de qualquer modo já de noite, mas 2h mais cedo. Mesmo assim estava frio.

Tivemos uma boa recepção no primeiro B&B, onde um quentinho quarto nos esperava, comemos o nosso jantar embalado e adormecemos cedo, que o dia seguinte prometia.

Dia 1 - Ryde a Totland

Depois da consulta dos panfletos e revista de turismo da ilha decidimos adicionar a Osbourne House (e mais uns Kms) ao nosso roteiro. A casa prometia valer a pena.

Começamos com um belo pequeno almoço à inglesa, que deveria mantar-nos abastecidos por umas horas e para cima para o Isle of Wight Steam Railway. Neste país há um certo fascinio por comboios a vapor e este valia a pena. Um bom exemplar numa ilha onde hoje poucos comboios há, mas onde já houve uma extensa rede. Embora o trajecto seja curto e pouco interessante o comboio é giro, com carruagnes restauradas à época e muitas máquinas para ver. As biclas foram estacionadas por trás da bilheteira e "Não", garantia-nos a senhora da bilheteira, "Não é preciso cadeado". Para uma ilha que apela ao turismo de bicicleta as condições estavam a deixar algo a desejar. Mas lá estavam as biclas à nossa espera quando acabámos o percurso. A senhora tinha razão!



Daqui seguimos para a dita Osbourne House. Mas as minhas raizes BTTistas vieram ao de cima e havia um "bridleway" que nos faria chegar lá, sem andar para trás e sem trânsito... Tentador, não? Eu achei que sim e como eu é que tratei do percurso fomos por ele. Estava um bocado molhadito mas deu para manter os pés secos. Pelo caminho cruzamonos com 2 ciclistas locais que deu para confirmar que estavamos no caminho certo.

Pusemo-nos no objectivo em pouco mais de 1 hora, com a confirmação que na Ilha de Wight afinal também há montes. Mas ainda era hora de almoço por isso nada de stress, o pequeno almoço ainda a ser digerido.

Osbourne House foi uma das muitas residências de férias da rainha Vitória, neste caso de verão. O habitual para a realeza da época vitoriana (e não só) ditava uma enorme mansão com terreno farto. A casa pertence ao English Heritage e está bem mantida, com mobiliário e peças da época em que foi habitada. Mas estava bem fria. Pelo que depois da visita foi hora de uma quentinha sopa e chá (qualquer coisa desde que fosse quente para ser honesto). Quando de lá saímos já passavam das 16h, e ainda nos faltavam 26km...


Depressa descemos para East Cowes e apanhámos a ponte flutuante para cruzar o rio Medina mesmo à justa (pedestres e ciclistas à borlix). Cruzámos a High Street de Cowes a pé (sentido único) e seguimos junto ao Solent até ter de subir para o planalto do Oeste da ilha. Daqui até Totland seguimos sempre por estradas secundárias e o trajecto foi bastante plano. Ainda tivemos direito a uma ciclovia num caminho de ferro desusado, com a noite a cair.

O fim da ciclovia foi já em total escuridão e pouco depois estávamos no Sentry Mead Hotel. Calor e descanso. Ahhh... Ficámos num espaçoso e confortável quarto no último piso e depois de um retemperador duche, hora de jantar e digestivo para relaxar.

O balanço do primeiro dia foi positivo mas a esta hora já tinhamos percebido que a ilha não era plana e a Diana a pedir-me justificações. Lá me safei com a desculpa de ter sido mal informado...

Caimos na cama e nem demos por adormecer. Eram 22h.


The long Easter weekend was a proper long one. With 4 days off work nothing better than go out and enjoy them. And what about adding some bike riding to the sightseeing?... Great!!! Even better if D. joined in! What? She is!?!?!?

4 days for the tour of the isle of Wight should be enough for an overall idea. I had heard it was quite flat, so we had a cracker weekend planned.

Bookings done in advance would assure we'd have a rested night and one less worry on the go. It would also mean we had to keep to the route planed, whatever happened...

The original plan was:
day 0 - London to Ryde, train + ferry + cycle to accommodation (Fern Cottage B&B);
day 1 - Ryde to Totland (Sentry Mead Hotel), visiting the Isle of Wight Steam Railway;
day 2 - Totland to Ventnor (Ventnor Towers Hotel), through Needles Park and Mottistone Gardens;
day 3 - Ventnor to Sandown (Inglewood B&B), stopping at Godshill and Shanklin;
day 4 - Sandown to London, riding to Ryde visiting St Helen's bay + ferry + train.

But as with any plan,adjustments are always on the horizon.

The first was weather related. Although it was Easter, winter was still around. Temperatures near freezing and the wind bringing the real feel even lower. Time to add some extra layers to the panniers.

Then the small detail of bikes in the train. That meant we had to be in the train before 16h45 or after 19h30, against our initial plan to depart at 18h... Easy for me, I was off. D was working, which made it tight... But we did make it and after the comfortable train ride we got an early ferry, still got there in the dark, but 2 hours earlier than we had thought. It was cold anyway.

A warm welcome at the B&B, where a cozy and warm room awaited us. We had our packed dinner and fell asleep early, day 1 was awaiting.

Day 1 - Ryde to Totland

After looking through all the broichures and magazines at the B&B we added a visit to Osbourne House (and a bit of mileage) to the route. It seemed to be worth it.

To start the day a sturdy full English breakfast, which should keep us fueled for a few hours, and up to the Isle of Wight Steam Railway. There's a certain fascination in the UK for steam trains and this was a good example. In it's peak the island had an extensive network but now few trains run. There are quite a few trains to see and very nicely restored trains and coaches, even if the scenery of the trip was uninteresting, it's well worth the visit. As for the bikes, they were left behing the ticket office, the ticket lady assured us the locks were unnecessary... For an island advertising about cycling tourism, it wasn't well thought out. But 1 hour after when we were getting ready to move on, there they were, in the same place we left them.



From there we headed to Osbourne House. My MTBer roots came up and I found a shortcut through a bridleway, no car, no repeating of roads... what else could you want! It was a bit wet but we managed to keep our socks dry. WE crossed paths with a couple of local riders, the perfect opportunity to confirm that we were actually going the right way.

We got there in little over 1 hour, but confirmed that the rumor about the island was false. There are indeed hills in Wight. Luckily for us we were still being fueled by the breakfast and although it was lunch time, we were not hungry.

Osbourne House was one of Queen Victoria's summer residences. As usual in Victorian royalty (and not only) there is a huge mansion and plenty of land. It now belongs to English Heritage and has been well kept. Furniture and other pieces to suit the style, but it was quite cold so after the visit we warmed up with a hot soup and a tea (anything warm would have worked). We left at 4pm, with still 26km to go...



We quickly got to East Cowes and took the floating bridge over the river Medina just as it was getting set to go (pedestrians and cyclists travel for free). Crossed the one way Cowes High Street on foot and followed the Solent for a while. Then we climbed to the plateau on the western side of the island and went through back roads to Totland. It was quite flat and enjoyable, a peaceful cycle path built on a disused railway.

At the end of the cycle path night had fallen and the lights were being put to good use. Soon we found us at the Sentry Mead Hotel. Tired and cold, it's warmth felt like heaven... We had a spacious and comfortable room on the third (and last) floor and after a rejuvenating shower we went for dinner and a relaxing drink.

The first day was very good, but my promise for a weekend of riding flat roads had been shattered and D. was holding me accountable. I got away with talks of misinformation...

We fell in bed and switched off before 10pm.