segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Caminho Françês de Santiago - dia 6 (La Virgen del Camino a Pieros) - o caminho dá tudo

O plano do dia seria passar por Astorga e pela famosa Cruz de Ferro. O perfil ia mudar e os montes entravam de novo no menú.

Foi para nós um dia em cheio. Um bom aquecimento no plano, passagem por Hospital de Obrigo, e a sua bela ponte, centro de Astorga. Daqui até Rabanal del Camino já estavamosem suave subida, mas daqui até à Cruz de Ferro já subia a sério.

O trilho começa a ser mais técnico e tivemos a primeira avaria do Camino. Eu tive um furo. Tratamos de arranjar uma sombra que muito sol envelhece a pele e pouco depois estavamos de novo a pedalar.

Este foi também o dia em que vimos mais ciclistas. A subida do caminho dos peregrinos segue paralela a uma estrada e fomos vendo passar vários pelo monte acima. Nós seguimos pela terra, era mais lento mas mais divertido.

Ao chegar ao topo, mais uma foto da praxe e fomos deixar os nossos pecados, medidos à moda do RS, que nos tem em grande consideração (ele foi de propósito à gare da Guarda - onde o Sud-Expresso fazia paragem - para os dar as pedras que lá deixámos).


Depois desta animação veio o prato principal do dia. A descida até Molinaseca faz-se por um singletrack técnico de lamber os beiços... E nós bem o aproveitámos. A meio dela o RM decide fazer algumas reparações e eu descansar as mãos.



E pouco mais adiante temos um evento caricato...



O dito veio deu de si o o RM lavrou um pouco da descida... Com o seu engenho conseguiu por o atrelado em condições de seguir até à oficina mais próxima, mas por precaução procuramos o acesso mais rápido até ao alcatrão. Em Molinaseca não nos safamos, mas numa "ferreteria" de Ponferrada ficou achamos a salvação.


Acabamos foi por ficar um pouco perdidos nos arredores da cidade. Acabamos por achar que era boa hora para uma bebida fresquinha e dirigimo-nos ao centro para ver o que se encontrava. Mas ao subir o passeio o espigão do selim do RM fez crack... Pois, não era mesmo o nosso dia...

Como ainda era cedo fomos à mesma ao café até ser hora da loja abrir e depois lá fomos arranjar um espigão novo, mas desta vez de metal... Já lá estava à porta outro ciclista, também a fazer o camino. Tinha 1/2 pedaleira na mão, o crank do lado esquerdo tinha partido na subida à Cruz de Ferro. Ia com um grupo de amigos e eles seguiram enquanto ele arranjou boleia de volta a Astorga (onde pelos vistos não há lojas de biclas) e depois um autocarro até Pontevedra. Lá o deixamos nas suas reparações após repor o selim do RM.

Tinhamos planeado ao almoço ficar por Cacabelos, mas com os imprevistos já lá chegamos tarde, o albergue estava lotado já às 17h... Pedalamos mais 2 km e em Pieros estava já o albergue seguinte, mas um pouco diferente da norma.

Era um albergue vegetariano. O ambiente foi bom, tal como a refeição. Vários dos caminheiros estavam bastante contentes, diziam já sentir falta de uns vegetaizitos, coisa em que os espanhóis falham...




The days route would take us through Astorga and up to the famous Cruz de Ferro. It was a significant change in the profile, with climbing back on the menu.

And it was a busy day for us. A nice and flat warm up through Hospital de Obrigo's beautiful bridge up to Astorga, then gently up to Rabanal del Camino and from there to the Cruz de Ferro seriously up.

After Rabanal we had our first mechanical, a flat. That was an easy fix, so we just went for some shade and were quickly back on track.

This was the day when we saw the most cyclists. The walking route was parallel to the road and we saw quite a few going by. Our path was slower, but also much more fun...

As we reached the top time for the usual photos and also get rid of the burden of our sins, measured by RS (which as us in high regards by the size of the pebbles he gave us). He had given us the rocks to throw at the cross when the Sud-Express stopped at Guarda.

After all that came some amazing trails... A technically demanding singletrack downhill to Molinaseca where we had a load of fun, and a load of work. RM did some repairs while i had a rest in the shade to rest my hands. The pivoting pin in his trailers was getting looser and had to be bent to get better again.


And a little further on it completely gave up, breaking it's end. The trailer did some plowing. Luckily the Camino gives you everything. With RM resourcefulness and some wire from an abandoned telephone post he got the trailer good enough for us to quickly get into the asphalt (missing the final part of the singletrack) and to Molinaseca. No mechanics there, so we headed to Ponferrada where the problem was solved at an ironware store. We were a bit lost from the camino so just headed to the center of town, also a great excuse for a clod drink at a coffee shop. As we were going up the kerb, RM's seatpost went "crack". It definitively was not our day...

It was still early pm, so we had to wait for the bike shops to open. When we got there we founf another cyclist, this one with 1/2 a crank in his hand. It had broken on the climb to Cruz de Ferro. He got a ride back to Astorga, but it seems there are no bike shops in Astorga. So he had to take a bus to Ponferrada... When we left with RM's new seatpost (this time made of metal) his bike was already being fixed.

Our original plan was to stop at Cacabelos, but with the repairs needed when we got there the albergue was already full... After doing 2 more km on asphalt we were at Pieros, on the next one.It had a twist, the meals would be vegetarian.

The atmosphere was very good and at the meal several of the walkers told us it was great, vegetables were something they were missing. The spanish are not the best at doing your 5 a day...


Trajectos cortesia de RM   Tracks courtesy of RM

2 comentários:

  1. Que saudades do Caminho Francês, a minha 1ª travessia em BTT, corria o Verão de 2005!

    Já vi q está a ser animado! :-)

    Eu gosto mais de alforges, não têm veios para partir!

    Buen Camino!

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  2. Houveram aqui uns problemas com os videos, mas espero que com o meu trabalho de hoje já esteja resolvido. Obrigado pelos avisos e desculpas pela tardia reparação (a vida é mais que estar em frente a um ecrã afinal de contas).

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