quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Caminho Françês de Santiago - dia 4 (Santo Domingo de la Calzada a Itera de la Vega) - entrada em Castela

Com tanta gente no albergue acabamos finalmente por não ser os últimos a sair, muito pelo contrário.

Os primeiros 30km são relativamente planos, mas após passar por Villafranca Montes de Oca o trilho inclina-se e leva-nos até aos 1162m, passagem pelo miradouro para a Sierra de San Milán e Montes de Oca faz-nos sonhar com futuras aventuras...

Rápidos estradões encaminham-nos para Burgos, ansiamos ver a sua famosa catedral. Uma grande cidade obriga-nos a seguir acompanhados de veiculos de 4 rodas por um bom bocado, mas o trajecto é fácil, sempre em frente até à dita. Majestosa...

Saida pela zona industrial e almoço na União Recreativa de Rabé de la Calzada, onde fomos muito bem recebidos. Após o almoço os trilhos são mais isolados, passamos por San Bol, onde mais tarde descobrimos haver um maravilhoso mas pequeno albergue, quando lá passamos parecia apenas um bosque.

Castrojeriz espantou-nos na sua travessia, uma pequena aldeia com 3 grandes igrejas. Terra muito abandona, exceptuando os seus albergues, toda ela cresceu em torno do Caminho, bem como muitas outras já cruzadas e outras ainda por descobrir. No sopé de um monte com um sobranceiro mas arruinado castelo. Quanto tempo sobreviverá esta jóia?

Na saida o porquê de parar antes.

Mas a decisão já estava tomada, havia que vencer o Alto de Mostelares e procurar albergue do outro lado. Passando Puente Fitero (uma bela ponte romana), o seu hospital de peregrinos e o rio Pisuerga entramos em Itera de la Vega. Mais uma aldeia esquecida no planalto.

Paragem de novo num albergue pequeno, que facilita a conversa e convivêcia. Tempo ainda para ir ver as ruas e descobrir o supermercado. Havia que repor energias e preparar o pequeno-almoço seguinte. Pouca gente se via, que fará nestas terras para sobreviver?

Conversas de final de tarde puseram-nos a falar com Eslovacos e Brasileiros. Nota-se que quem caminha a solo tem dias dificeis e que a peregrinação é para eles uma viagem muito contemplativa. Ao fim do dia a necessidade de conviver impõe-se e procuram conversar, partilhar experiências e contacto humano.




Today we finally weren't the last ones going out, but with so many people there it was easier than before...

The first 30km were quite flat, but after Villafranca Montes de Oca it got steeper and took us up to 3800ft, through the viewpoint Sierra de San Milán and Montes de Oca and we dreamed of other adventures...

Wider and and faster fireroads got us to Burgos and it's famous cathedral. It's a big city, so we had the company of 4 wheeled vehicles for a while, but on a easy to follow route. It was straight ahead into to the center.

Moving out through an industrial area, we made our lunch stop at Rabé de la Calzada, the local shop greeted us very well... After this the route was more isolated and we went past San Bol (we found out later that what we thought was just a wood was actually a very good albergue).



Castrojeriz amazed us with with it's small size but 3 big churches. It looked very abandoned, except for it's albergues. The whole village seems to have evolved around the "Caminho", as so many already crossed and others that we were still to meet on our way. On the foot of a hilltop castle I wondered for how will it be inhabited.

As we moved out of the streets we found the reason for seeing many people at the albergues doors.

But we had made our decision, we were to cross the Alto de Mostelares and find a place to sleep over the other side. After the beautiful bridge of Puente Fitero with it's pilgrim's hospital we entered Itera de la Vega, another forgotten Spanish village.


It was a small albergue again. We would be getting some of the spirit we liked about the St James Way. We had a walk along the empty streets and found the supermarket, got our refueling supplies, as well as our breakfast. As we walked by the empty house we wondered what do these people do to earn their meals???

On the post-dinner chats we spoke with people from Slovakia and Brazil. You can always tell who are the lonely walkers. Their long and lonesome days must be hard, with loads of time to think about life. That's probably why at the end of the day, they seem eager for some human interaction and friendly chattering.


Trajectos cortesia de RM   Tracks courtesy of RM

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