segunda-feira, 25 de maio de 2009

P.S.

Entretanto já voltei a pedalar, na 6ª com um dia de teste, no sábado com 114km de alcatrão onde acabei bem empenado (que isto de estar parado uma semana faz uma grande diferença) e hoje numa volta urbana com o A.

O dedo ainda dói um bocado quando passo por buracos, mas parece-me finalmente que está no bom caminho, mesmo estando ainda inchado e com mobilidade reduzida...

domingo, 24 de maio de 2009

Mazelas

Na última entrada já tinha falado dos meus grandes planos para dia 17. Agora chega o relato.

17 de Maio de 2009, dia da 1ª sportive da Evans, a King Of The Downs (KOTD) o trajecto consistia num 8 com o centro (partida e chegadas) bem perto do aeroporto de Gatwick e 2 loops de cerca de 50 milhas cada. Quem ia para o half sportive fazia o 1º loop, quem ia para o full sportive seguia do 1º para o 2º loop.

A apresentação era de 114 milhas para um desnivel de 2700m. O que para esta zona do pais implicava fazer as subidas mais populares todas. No 1º loop passavamos pelo Leith Hill, Pitch Hill, Combe Bottom, Ranmore Common - West e o famosissimo Box Hill. No 2º loop pelo Tulleys Farm, Weir Wood Reservoir, The Wall Yorks Hill e Titsey. 2700m até nem parece mau, mas se pensarmos que é em 180km percebe-se melhor que o tipo de subida não prima pelo desnivel desmesurado, mesmo assim pareceu-me um bom teste às pernas.

A previsão era de bom tempo e ainda por cima ia estar presente um dos integrantes do grupo com que tenho andado aos sábados (o B.). Combinamos ir os 2 de comboio, partindo de Victoria às 6h40. Pois, que as partidas para a full sportive tinham de ser entre as 6h e as 8h... Tivemos de madrugar.
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Quando lá cheguei foi comprar o bilhete, 12£ pela viagem de ida e volta (de cerca de 40min). E esperar pelo B., que até à hora de partida do comboio nada de aparecer, não esperei... Apanhei o comboio e assim que ele arranca ele liga-me. Tinha tido uns azares com as entradas da estação (só havia 1 aberta) e atrasou-se, acabou por apanhar o Gatwick Express, o dobro do preço, mas 10min mais rápido.

Entretanto na única carruagem onde se podiam levar biclas naquele comboio estavamos 4 participantes com um revisor mal humurado.
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Lá nos deixou ficar os 4, mas na paragem seguinte onde haviam muitos mais para entrar começou a deitar fumo, não queria que ninguém ficasse no comboio e na 3ª paragem ameaçou mesmo que a policia vinha a caminho e não arrancamos até alguém ter a brilhante ideia de fazer o Gatwick Express parar (supostamente só pára em Gatwick e em London-Victoria) para que o resto da corja lá coubesse toda. Acabaram por chegar lá antes de nós e a viagem em vez de 40 min levou 1 hora...

Aí encontro-me com o meu companheiro de aventuras do dia e seguimos para o centro de operações, bem perto do aeroporto. Tratamos rapidamente do registo e ala que se faz tarde. Desta vez as partidas nem são em pequenos grupos, é mesmo cada um por si assim que o registo está feito.
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O percurso até estava bem escolhido pois o início era rolante o que deu para aquecer as pernas antes da 1ª subida, Leith Hill. Ao chegar a esta deu para perceber a diversdade de andamentos dos participantes destes eventos, alguns subiam a pé uma subida que era inclinada sim, mas nada de estratosférico. Já fiz coisas bem piores em Portugal.

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A previsão metereológica dizia que iria estar sol e agradável, por isso tinha só levado a manga comprida e um corta-vento que ainda antes de arrancar tinha guardado.

A questão é que a previsão afinal não estava assim tão correcta e o dia estava bastante nublado, sendo que na 3º subida do dia começa a chover e na seguinte era de tal ordem que mesmo com o corta-vento vestido já estava ensopado até aos ossos.

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O frio a começar a fazer efeito e na descida seguinte, numa curva à direita a roda da frente derrapou e fui parar ao chão. Resultado, uma anca dorida e o dedo mindinho da mão direita em muito mau estado. O B. vinha pouco atrás e parou para me dar uma ajuda, mas pouco havia que ele pudesse fazer. Esperei um pouco que a dor diminuísse e lá arrancamos para Box Hill, onde ele sabia que haveria um posto de primeiros socorros.

Em Box Hill consegui fazer um penso mal amanhado, sempre ia com o dedo mais protegido. Já estavamos os 2 cheios de frio e fartos da chuva mas tinhamos de ir ter a Gatwick para voltar para casa, por isso lá nos enchemos de coragem e enfrentámos o dilúvio que ainda caía.

Os kilómetros pareciam intermináveis, o penso já estava ensopado e eu continuava cheio de frio, o B. a tentar que andassemos um pouco mais rápido para aquecer, mas a dor na mão não ajudava nada... Chegamos a Gatwick onde rapidamente me dirigi à organização para refazer o penso, que tive de acabar por fazer sozinho. Andavam numa roda viva a ter de ir buscar gente com avarias.

Estavamos os 2 cheios de frio e esperamos pelo menos 1 hora dentro do edificio (onde estava frio mas muito menos vento que na rua) e pelo meio comemos um hamburger e um chá bem quente a ver se fazia algum efeito. Já estavamos mais que determinados a ir para casa. Dirigimo-nos de novo para o comboio e o sol volta a aparecer, mas com a dose que já tinhamos levado e a nossa temperatura corporal bem baixa nem nos passou pela cabeça fazer o resto do percurso.

Ao fim do dia refiz o penso em casa e como as dores estavam constantemente a aumentar acabei por decidir ir às urgências para ver se haveria alguma coisa de mal com o dedo... Grande erro, demoramos 4 horas por lá para me fazerem um raio-X e um penso que demorou 1 hora a ficar empapado em sangue. Pois, que o meu dedo levou 2 dias para parar a hemorragia, não era muito mas era constante. Bendita D. que me fez e refez o penso todos os dias nesta última semana...

Para finalizar, o aspecto do meu dedo no dia (com penso) e na 6ª, só para terem uma ideia do mal que o alcatrão faz à saúde...

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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Update

Já há muito que não actualizo o blog, por isso aqui vai um rápido update do que tenho andado a fazer nestas últimas semanas.

Para começar estive uma semana por terras lusas. Entre visitas a familia e amigos e jantaradas várias tive tempo para fazer umas belas BTTadas entre serra de Sintra, Jamor, Monchique e Grândola.

A serra de Sintra foi atacada por 2 vezes na minha Marin rigida (FH) com a subida barragem do rio da Mula ao Monge sempre ao barulho, sim, que isto aqui por Londres não há subidas nem tão longas, nem tão duras, como as de Sintra e num dos dias aventurei-me a fazer o DH da Malveira, a velocidades modestas, sem dúvida, mas só precisei de me desmontar nas perigosas zonas iniciais. A serra de Sintra nos dias de semana é uma maravilha, só me cruzei com alguns madeireiros.

O Jamor estava em plena preparação para o Estoril Open, pelo que a zona mais plana foi evitada e ao que parece estão a acabar um parque aventura por lá. Estão a entrar na moda essas coisas.

Cortesia do meu amigo e companheiro de desventuras em Julho, fui brindado com uma reedição do Ataque à Fóia, com arranque de Odeceixe e subida até aos 900m da Fóia, com ajuda de um track do pessoal de Monchique e da biblioteca dele. Contamos com a companhia de 3 companheiros de Grândola e fizemos um bom ritmo, um bom teste às pernas onde deu para perceber que afinal não estou assim tão empenado.

A volta até à zona de Grândola arrancou de Santiago do Cacém e concentrou-se em percorrer alguns singletracks da zona, numa volta mais técnica e muito divertida. Aquele pessoal por lá gosta mesmo de andar de BTT...

Foi uma bela semana, que soube a pouco mas já deu para apanhar um calorzinho com temperaturas a rondar os 22º.

Entretanto quando cheguei de novo a Londres foi altura de voltar ao trabalho, pelo que o tempo livre para escrever se reduziu, tal como o tempo para treinar, mas vai-se fazendo o que se pode.

Este domingo tenho um dia em cheio planeado com muitas subidas ao jeito londrino (estive a fazer as contas e o maior desnivel são uns assombrosos 170m). É o que há e há que o rentabilizar ao máximo...