quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Amsterdão, cidade das bicicletas
Este mês tivemos um fim de semana prolongado, onde disfrutamos do belo tempo do Norte da Europa a passear por Amsterdão.
Digo belo tempo do Norte da Europa, pois dos 4 dias, só num deles não choveu... E digo cidade das bicicletas, pois elas são às centenas. Mas atenção que as bicicletas são muitas mas os ciclistas nem por isso... Quer dizer, nos dias em que lá estivemos vimos ciclistas sim, mas nada comparado com Cambridge. Pelo volume de bicicletas paradas vs bicicletas a circular a proporção seria de 10/1. Comparado com o que já tinha ouvido falar, foi uma desilusão...
Eu e a D. temos 3 teorias:
1ª - é um estratagema da câmara de Amsterdão para atrair turistas deixar as biclas todas espalhadas pela cidade, toda a gente quer ir ver...
2ª - os holandeses também não gostam da chuva e não andam nas suas biclas em dias húmidos, não vá a bicla encolher quando secar...
3ª - os holandeses comem demasiado queijo e isso afectou a sua memória, resultado, esquecem-se das chaves dos cadeados e acabam por voltar muitas vezes a pé para casa. Como as biclas devem ser baratas em vez de procurar a chave suplente compram uma bicla nova e a velha lá fica a embelezar as ruas da cidade.
A verdade é que a cidade está sem dúvida pensada nos ciclistas. Há ciclovias por todo o lado, muitas delas separadas a faixa dos automóveis. As ruas de sentido único não o são para as bicicletas, há estacionamentos em todo o canto, mas geralmente cheios e como consequência as biclas estão muitas vezes a ocupar todo o passeio, dificultando a vida dos peões, mas, em realidade, poucos parecem importar-se com esse facto.
Tinhamos vontade de pedalar pelas ruas, com este panorama ficamo-nos pela intenção. Ficou planeado lá voltar para completar essa grave falha e ver as tulipas. Estarão em vista umas férias ciclisticas?!?!?!?
This month we had long weekend, enjoying the fine northern european weather in Amsterdam.
I'm saying fine because of the 4 days we where there it was raining on 3... I also say city of bicycles, not of cyclits, becuase the later seemed to be few... We did see some, but not in the way you see cyclists in Cambridge. The volume of parked bikes vs used bikes was about 10 to 1. From what I had heard I was very disapointed...
We have 3 possible answers for that:
1st - it's a scheme from the local borough to atract tourists, by leaving bikes everywhere.
2nd - the Dutch don't like the rain, so don't ride on rainy days.
3rd - the Dutch eat too much cheese and that has affected their memory, resulting in forgeting the lock keys often and ending up walking home. Has the bikes must be cheap instead of searching for the key tehy just buy a new bike and leave the old one where it is.
Truth must be said and you do feel it is a cyclist friendly city. There's cycleway everywhere, segregated from the proper road. The one way streets are both ways for bikes, there's bike racks all over the city (albeight usually full and consequently you have bikes all over the pavement and making the pedestrians lifes much harder, altough they don't really seem to care that much).
We wanted to rent some bikes to ride around but due to the weather didn't manage. We are planing to return to Amsterdam to do that and at the same time go and see some tulips. Might that be a cycling holiday in plan?!?!?!?
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Quem não treina, não anda
O primeiro fim de semana de Novembro foi mais uma vez momento de partilhar pedaladas com o RPCC, o plano era fazer uma voltarela descontraída um pouco diferente do habitual e acabá-la com almoço num pub.
Mas não passou de plano, a rota planeada tinha sido divulgada para carregar no GPS mas só o seu planeador a sabia de memória e ninguém tinha levado GPS (eu incluido...). E como 15 minutos depois da hora combinada (9h) ele ainda não tinha chegado, acabamos por decidir ir pelas estradas do costume, com algumas alterações que nos dessem na telha.
Estavamos 5 e depressa fomos tratar de aquecer, que as manhãs londrinas já estão bem frias... É curioso como em apenas 2 semanas deixei de pensar se valeria a pena levar os "knee-warmers" para pensar quantas camadas levo, se 3, se 2... E acabo mesmo por levar as 3...
Mas verdade seja dita, eu adoro pedalar com temperaturas baixas, não sei porquê o vento frio na cara dá-me um enorme prazer, desde que devidamente agasalhado... Só é pena que por aqui este frio esteja associado a chuva e pior ainda, estradas molhadas... É que no inicio do ano já tive 2 más experiências com estradas molhadas. O facto de em Portugal a chuva ser pouca não ajuda à aquisição de técnica para pedalar no molhado.
Parece-me que por cá isso vai mudar, só me resta saber a que preço será. Talvez seja a maneira de começar a fazer mais BTT, que a minha montada já começa a ter teias de aranha (até dá dó) e o RPCC começa a ter menos presenças nas voltarelas dos sábados. Acho que no pico do inverno deverá haver poucas saídas...
Voltando à rota de sábado, acabou por ser uma volta semi-longa, nada fora do comum... Fora do comum foi sim o estado em que me deixou... No inicio da volta começou logo a parecer-me que a coisa estava estranha após um teste na 1ª ascensão do dia. Acabei por me tentar resguardar um bocado mas mesmo assim a meio da volta já sentia algum cansaço, ao chegar a Box Hill fui o mais lento e ao fazermos a paragem para o "lanche" (que teve de ser noutro café pois era dia de corrida no Box Hill e estava a abarrotar de gente) já estava bem empenado. Decidi não comer nada mas fiz muito mal... No retorno ao Richmond Park tive dificuldade em manter-me na roda de quem quer que fosse e levei uma marretada de tal maneira que já nem o meu cérebro funcionava.
Há muitos anos que não me chegava aquele estado... Tão empenado estava que as minhas reacções eram lentas e não me conseguia concentrar. Já pedalo há alguns anos e se nos primeiros tempo era fácil isto acontecer, com o que fui aprendendo e o com as estratégias que o meu corpo desenvolveu para lidar com estes esforços pensei que já não era possivel que ainda acontecesse, mas é. Foi uma chamada à realidade. Quem não treina, não anda...
The first weekend of November was once again time to share a ride with the RPCC. The plan was for a relaxed ride through slightly different than usual routes and finish with a pub lunch, we were calling it "ride of the falling leaves".
Unfortunately it was just a plan, the GPS track of the route had been divulged but none of the present (that includes me) had it. Only it's planner had it in his mind but 15 minutes after the agreed start time (9h) he still wasn't there and we decided to leave and do our usual ride.
There were 5 of us and quickly started to try and warm ourselves up, London's mornings are already quite chilly... It's funny how in just 2 weeks I changed from thinking if it's worth taking the knee warmers to think if I should take 2 or 3 layers and end up taking the 3...
But truth be said, I love to ride my bike in the cold, as long as I have decent clothes... The cold wind in my face feels like bliss, just a shame that around here it's usually associated with rain and wet roads... And I've had my number of crashes this winter. The fact that in Portugal it doesn't rain much probably didn't help...
Hopefully that will change while I'm here, just need to now if my winter crash rate will improve before next summer... Might also be the way for me to return to MTBing. My MTB steed is starting to have spider webs and as RPCC rides begin to have less participants I'm starting to think that winter rides might be scarce...
As for the saturday's ride, it ended up being a semi-long one, not far from the usual... Out of the ordinary was the state in which I finished it... At the start of the ride I was already feeling a bit weird but after a quick test on the first climb, ended up trying the spare my unfueled body from unnecessary efforts but when we reached Box Hill I was already the slowest and at our tea and cake stop (not on the usual place due to an invasion of runners due to an event finishing there) I was nice and tired. Decided not to eat, which only put me in a worst spot... As we returned to Richmond I could hardly hold any wheel and bonked in such a way that I wasn´t even thinking straight.
I hadn't reached that state for several years... So worn out that my reflexes where slow and I couldn't focus on the riding. I've been riding bikes for some years and if on the first ones this would be easy to happen, with what I've learnt and with what my body has adjusted to the effort I thought that it could never happen again. But I was wrong and if you don't train you will never be fast...
Mas não passou de plano, a rota planeada tinha sido divulgada para carregar no GPS mas só o seu planeador a sabia de memória e ninguém tinha levado GPS (eu incluido...). E como 15 minutos depois da hora combinada (9h) ele ainda não tinha chegado, acabamos por decidir ir pelas estradas do costume, com algumas alterações que nos dessem na telha.
Estavamos 5 e depressa fomos tratar de aquecer, que as manhãs londrinas já estão bem frias... É curioso como em apenas 2 semanas deixei de pensar se valeria a pena levar os "knee-warmers" para pensar quantas camadas levo, se 3, se 2... E acabo mesmo por levar as 3...
Mas verdade seja dita, eu adoro pedalar com temperaturas baixas, não sei porquê o vento frio na cara dá-me um enorme prazer, desde que devidamente agasalhado... Só é pena que por aqui este frio esteja associado a chuva e pior ainda, estradas molhadas... É que no inicio do ano já tive 2 más experiências com estradas molhadas. O facto de em Portugal a chuva ser pouca não ajuda à aquisição de técnica para pedalar no molhado.
Parece-me que por cá isso vai mudar, só me resta saber a que preço será. Talvez seja a maneira de começar a fazer mais BTT, que a minha montada já começa a ter teias de aranha (até dá dó) e o RPCC começa a ter menos presenças nas voltarelas dos sábados. Acho que no pico do inverno deverá haver poucas saídas...
Voltando à rota de sábado, acabou por ser uma volta semi-longa, nada fora do comum... Fora do comum foi sim o estado em que me deixou... No inicio da volta começou logo a parecer-me que a coisa estava estranha após um teste na 1ª ascensão do dia. Acabei por me tentar resguardar um bocado mas mesmo assim a meio da volta já sentia algum cansaço, ao chegar a Box Hill fui o mais lento e ao fazermos a paragem para o "lanche" (que teve de ser noutro café pois era dia de corrida no Box Hill e estava a abarrotar de gente) já estava bem empenado. Decidi não comer nada mas fiz muito mal... No retorno ao Richmond Park tive dificuldade em manter-me na roda de quem quer que fosse e levei uma marretada de tal maneira que já nem o meu cérebro funcionava.
Há muitos anos que não me chegava aquele estado... Tão empenado estava que as minhas reacções eram lentas e não me conseguia concentrar. Já pedalo há alguns anos e se nos primeiros tempo era fácil isto acontecer, com o que fui aprendendo e o com as estratégias que o meu corpo desenvolveu para lidar com estes esforços pensei que já não era possivel que ainda acontecesse, mas é. Foi uma chamada à realidade. Quem não treina, não anda...
The first weekend of November was once again time to share a ride with the RPCC. The plan was for a relaxed ride through slightly different than usual routes and finish with a pub lunch, we were calling it "ride of the falling leaves".
Unfortunately it was just a plan, the GPS track of the route had been divulged but none of the present (that includes me) had it. Only it's planner had it in his mind but 15 minutes after the agreed start time (9h) he still wasn't there and we decided to leave and do our usual ride.
There were 5 of us and quickly started to try and warm ourselves up, London's mornings are already quite chilly... It's funny how in just 2 weeks I changed from thinking if it's worth taking the knee warmers to think if I should take 2 or 3 layers and end up taking the 3...
But truth be said, I love to ride my bike in the cold, as long as I have decent clothes... The cold wind in my face feels like bliss, just a shame that around here it's usually associated with rain and wet roads... And I've had my number of crashes this winter. The fact that in Portugal it doesn't rain much probably didn't help...
Hopefully that will change while I'm here, just need to now if my winter crash rate will improve before next summer... Might also be the way for me to return to MTBing. My MTB steed is starting to have spider webs and as RPCC rides begin to have less participants I'm starting to think that winter rides might be scarce...
As for the saturday's ride, it ended up being a semi-long one, not far from the usual... Out of the ordinary was the state in which I finished it... At the start of the ride I was already feeling a bit weird but after a quick test on the first climb, ended up trying the spare my unfueled body from unnecessary efforts but when we reached Box Hill I was already the slowest and at our tea and cake stop (not on the usual place due to an invasion of runners due to an event finishing there) I was nice and tired. Decided not to eat, which only put me in a worst spot... As we returned to Richmond I could hardly hold any wheel and bonked in such a way that I wasn´t even thinking straight.
I hadn't reached that state for several years... So worn out that my reflexes where slow and I couldn't focus on the riding. I've been riding bikes for some years and if on the first ones this would be easy to happen, with what I've learnt and with what my body has adjusted to the effort I thought that it could never happen again. But I was wrong and if you don't train you will never be fast...
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