sábado, 18 de maio de 2013

Ortlieb Vario QL3 review

Com vista a umas férias ciclisticas comprei recentemente um par de alforges Ortlieb Vario.

Já antes tinha feito um fim de semana de passeio usando a bicla como transporte, mas transpareceu nessa altura que os alforges normais não estão pensados para estar fora da bicicleta por muito tempo. Têm de ser carregados à mão ou ao ombro e as fixações dos suportes prendem-se na roupa com facilidade. Tornam-se cansativos.

Quando estão incluídas visitas a jardins, edificios, museus,... o mais confortável é uma mochila. Por outro lado, transportar uma mochila quando se pedala não é ideal.

Em busca da solução deparei-me com o alforge/mochila Vario da Ortlieb.

Têm o tamanho dos alforges traseiros tradicionais - segundo a marca têm 20l de capacidade, mas um sistema que permite que rapidamente se transformem em mochila. Promissor!!!

Na sua actual versão (Março 2013) usam o sistema de fixação QL3 da Ortlieb, onde a fixação ao suporte de alforge fica permanentemente fixa e o alforge em si encaixa nela. Assim a parte traseira fica mais limpa e livre. O único problema é que o alforge trepida contra a fixação quando a bicicleta está em movimento, o que se torna irritante. A solução encontrada for atar o alforge à fixação com uns esticadores o que não elimina o problema mas o diminui.
 




O outro problema que me surgiu foi o facto de eu usar alforges diferentes. Como o sistema de fixação fica montado permanentemente ou se usa outro sistema Ortlieb ou se anda a tirar a por o dito. Como o plano e para férias funciona para mim. Não gosto para o dia a dia.

Transfomar o alforge em mochila (ou o inverso) é fácil embora exija alguma habituação. As alças da mochila guardam-se num bolso na frente do saco dobrados ao meio. Basta abrir o fecho eclair, retirá-las (estão presas ao saco com 2 correias mas podem soltar-se) e prendê-las nos 4 pontos de fixação na parte de trás do saco (são teimosos para fixar e é preciso alguma assertividade).

As alças são pouco acolchoadas mas têm boa largura e uma cinta na zona do esterno. As costas da mochila não têm alcolchoado mas têm um design que dá conforto. São perfeitamente confortáveis para caminhar por 2 ou mais horas com elas.


O alforge é simples, funcional e impermeável. O espaço principal tem um bolso interno pequeno de rede com fecho e um bolso longo e fino (bom para levar revistas) com o tamanho de uma folha A4. Lateralmente tem dois pequenos bolsos, não impermeáveis, úteis para levar pequenos objectos (esticadores, luvas).


Traz também um elástico que se pode montar por fora, no meu caso foi o ideal para por o capacete enquanto caminhava. Deixei-o sempre montado e apesar de tornar a arrumação das alças da mochila mais complicada nunca se prendeu em nada enquanto pedalava e nunca deixou o capacete cair enquanto andava (mesmo com um bidon cheio dentro do capacete).


A impermeabilidade não foi ainda testada (felizmente), mas a Ortlieb é famosa pela estanquecidade e o sistema roll-top é o mesmo que já usei em viagens de kayak, por isso não tenho dúvidas que passe a prova.

Ao que parece há 3 cores à escolha (verde, vermelho, preto), mas fui para a que vêm nas fotos.


In preparation for a cycling holiday I recently bought a pair o Ortlieb Vario panniers.

I had done a cycling weekend before and realized that panniers are great on a bike, but were not thought for non-bike carrying. You either take them in your hand or with a strap on your shoulder, but the fixings always get stuck on your clothing. It becomes annoying...

When your visiting gardens, buildings, museums,... a backpack is ideal. But not so when riding.

So the solution presented itself with the Ortlieb Vario panniers/backpacks.

They are the size of a traditional rear pannier - according to the official website 20l, but they can quickly be transformed in a backpack. Promising!!!

Their current version (March 2013) uses their QL3 fixing system. On this system there is a fixing mount permanently attached to the rack and the pannier has special fittings to attach to that. This leave a much clearer back to of the bag. The problem is that it also leads to slack in that fitting and the panniers rattle with any irregularity. To solve that I used an elastic bungee to hold it tighter to the rack. It didn't solve the problem, but with a tighter fit there was less movement.



The other problem I have is the fact that the part of the fixing system the stays on the rack gets in the way of any panniers that use a different system (like I do for my commute). If I keep using them only for holidays it should be fine, but not ideal if you plan on swapping panniers frequently.

Changing from pannier to backpack (or the other way around)is easily done but requires some practice. The straps are kept folded in a pocket on the front of the bag. To use them you open the zipper and pull them out (they attached by removable straps to the bag and hooked them into their 4 mounts on the back of the bag (can be a bit stubborn so you need to be determined).

The shoulder straps don't have much padding, but have a good width and there is a sternum strap also. There is no padding on the back but it is designed in a way that is quite comfortable. I've used for more than 2 hours with no issues.

The bag itself is simple, practical and, as usual for Ortlieb, waterproof. There are 2 separate pockets in the big compartment, one a small mesh pocket with zipper and the other long and thin one (good size for a magazine - about an A4 size). There are 2 elasticated, non waterproof, side pockets, useful for small objects (bungee cords, gloves).

They bring an elastic strap that you can fit to the external side of the bag, in my case ideal to carry the helmet while walking. It stayed on all the time and near was a nuisance while riding and it never let the helmet drop, even with a water bottle under it. It does get a bit in the way when putting the shoulder straps away. 

The watertightness has not beed tested yet (luckily for me), but Ortlieb has a good reputation and the roll-top system is widely used in waterproof bags (as I have previously tested in kayak trips).

There 3 colors to choose from (red, green, black) but I have the one you can see by the pictures.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Abus Kranium helmet review

Capacetes. São todos diferentes, mas todos iguais. Uma capa de plástico rigido e um interior de poliestireno com buracos para passar o ar. Ou não?

Antigamente haviam os de tiras de couro, mas esses pouco protegem para os standards actuais. E recentemente têm aparecido mais umas ideias originais. Capacetes dobráveis (Carrera Foldable Helmet), capacetes de cartão (Abus Kranium), que mais irão inventar...

Relativamente a este último tenho mais para dizer, pois conseguir por as minhas mãos nele e tem sido o meu companheiro diário nas minhas deslocações ciclisticas. Aqui ficam as minhas impressões

Abus Kranium

Um principio inovador e um look fora do comum. Para potenciar o lado inovador do capacete a camada externa é num material transparente, ficando o cartão à vista. Pelo lado de dentro já a coisa parece mais normal, com uma camada de poliestireno a ocupar o espaço entre a cabeça do ciclista e o lado inovador do capacete. O obrigatório sistema de retenção occipital funciona com uma rodinha e as correias vêm do espaço entre o material absorvente e da camada externa do capacete. Em termos de arejamento, há 2 aberturas na cobertura, uma a frente e outra atrás.

Esteticamente, ou se ama, ou se odeia. Um capacete transparente é algo que nunca antes vi e este mostra que é feito de cartão, uma jogada de marketing. Mas não sei até que ponto alguém repara, ainda ninguém me perguntou nada no comute diário...

O sistema de retenção ajuda a manter o capacete no sitio, mas ainda permite muita oscilação do capacete, talvez ajudado pelo facto de as correias ficarem bastante afastadas da cara. Não tocam na pele, mas têm espaço a mais para oscilarem.


As aberturas são poucas o que torna o capacete quente. Ideal no inverno mas agora em Maio já me vejo a ter de usar o capacete que usava antes (Bell Metro) que é francamente mais arejado. Em caso de chuva também sabe bem ter o cabelo seco, não sei bem porquê.


Em resumo, um conceito inovador, mas que precisa de mais amadurecimento. Mais arejamento (para todos os paises com excepção da Gronelândia e Finlândia) e um sistema de retenção mais firme espero que sejam os próximos passos.

Ah, e fico com o look cabeça de cogumelo quando o uso...


Helmets. All different but all the same. Hard plastic outer shell and polystyrene impact absorbent inner layer with some holes for ventilation- Or are they???

On the olden days they were actually leather straps, but compared with the current ones they can barely be called crash helmets. Recently there are some new ideas. Foldable helmets (Carrera Foldable Helmet), cardboard helmets (Abus Kranium), and what will come next?

As for this last one I can say something, as I got my hands on it and now own one. I've had for the winter months and am leaving here my thoughts.

Abus Kranium

An innovating concept and unusual look. To make the best of it the outer shell is transparent and leave the cardboard inner. The inner side, the nearest to my head, is still the traditional polystyrene. Also included is the mandatory occipital retention system. The chin strap is an interesting magnetic system. As for the straps the come from between the outer shell and the protecting layer (cardboard/polystyrene). In terms of ventilation, there are 2 openings, 1 at the front and 1 at the rear.


Visually you either love it or hate it. A transparent helmet is not a common thing and it's used to show what makes this helmet different from any other. Not sure how good marketing move it is, as so far no one has approached me about it... And it does go out every day on the commute.

The retention system does help keeping the helmet in place, as the straps stay quite far from the face and it still swings a bit. They do stay away from the skin (if that bothers you), but the are allowed too much free space to move about.

Those 2 openings don't do much in terms of ventilation. Does feel good in the cold winter or when it's raining, but in April it was already feeling too warm. My previous helmet (Bell Metro) is quite cooler.

Overall, it is an innovating concept, but needs maturing. More vents (you can get away with the current ones in the middle of winter or if you live on Greenland) and the retention system needs to be firmer (or the straps more effective) to make a great helmet.

Oh and it does give you the mushroom head look...